17/05/2015

Michael Jackson - Não sei de onde isso veio… apenas vinha


Desde Sammy Davis Jr. que o mundo não via uma criança artista, com um controlo tão inato de si próprio em palco como Michael Jackson. Tanto como cantor como dançarino, o jovem Michael tinha uma presença simplesmente excepcional. Depois de ser ouvido a cantar o doloroso blues “Who’s Loving You” o que se perguntavam os trabalhadores da Motown era, “onde é que o miúdo aprendeu uma emoção destas?” A resposta é que ele não teve de aprender, parecia estar ali ao seu dispor.

Os produtores sempre ficaram pasmados como Michael, entre as sessões de gravação, fazia jogos para pré-adolescentes como cartas e às escondidas, e depois punha-se atrás do microfone e cantava uma canção com uma agilidade emocional e a presença de uma alma antiga que já teve a sua conta de desgostos.
Igualmente incrível era o fato de, para além de ouvir as gravações de demonstração das canções executadas por um cantor para lhe dar indicação da melodia principal, e da constante supervisão de Deke Richards da sua dicção, Michael era mais ou menos deixado à sua sorte no estúdio . Quando lhe diziam para soar como um pobre rejeitado, ninguém no estúdio esperava realmente que ele o fizesse, que entendesse a emoção envolvida no desgosto amoroso. Como poderia? Afinal, ele tinha onze anos.

“Digo com toda a honestidade, eu nunca sabia o que estava a fazer nos primeiros tempos” confessou Michael “Eu apenas fazia. Nunca sabia mesmo como devia cantar. Eu não conseguia controlar. Vinha por si. Não sei de onde isso veio… apenas vinha. Metade das vezes, nem sabia acerca de que é que estava a cantar, mas senti na mesma a emoção subjacente”.

-J. Randy Taraborrelli

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